A surpreendente trilha sonora de Halo
"Halo", jogo de ficção científica militar que se passa em um mundo artificial, tem trilha sonora com canto gregoriano, pop e até rock pauleira. Uma mostra da qualidade musical do universo dos games.
Captura de tela de Halo: Combat Evolved/GusPrime/Reprodução
Na companhia do meu filho Gustavo de Oliveira, ouvi pela primeira vez uma parte da trilha sonora do jogo de ficção científica militar Halo, e tomei um susto - daqueles dos bons. Coisa de gente de outra geração (no caso, eu), acostumada a ouvir falar de videogames como paranoia de adolescentes e jovens ou algo repetitivo e sem propósito. Vou me ater aqui a comentar apenas o que ouvi, pois não estou qualificado a avaliar o jogo e, muito menos, me atrever a jogar. Deixo isso para especialistas como ele. A propósito, Gustavo tem um perfil aqui no Substack com excelentes textos e boas dicas sobre games e afins. Sigam e assinem clicando aqui.
Enquanto ouvia, de cara senti um refinamento na trilha sonora original de Halo: Combat Evolved (composta pela dupla Martin O’Donnel e Michael Salvatore). Os sons simplesmente transportam o ouvinte para um mundo que ele sequer conhece (clique aqui para ouvir no Youtube). Essa foi minha percepção mental inicial.
Entre sabores auditivos diversos que sentia, Gustavo me entronizou nesse universo, o mundo artificial em formato anelar chamado Halo, onde se desenrolam as aventuras vividas pelo protagonista da trama, o suboficial John-117, mais conhecido como Master Chief. Trata-se de um militar altamente especializado em combates espaciais, com armas futuristas, uma belíssima armadura, habilidades fora do comum e partes do corpo de origem ciborgue. Ouvi atento, curioso, mas com os ouvidos ligados na fabulosa orquestração das composições.
A cada seção do jogo, uma trilha marcante, dotada de batidas cadenciadas, tambores, metais e som impecável. Como era de se esperar de jogos produzidos por corporações gigantes como essas do mundo dos games, não existe lugar para improvisos ou sem propósito: as lutas noturnas são embaladas por sons fortes, que remetem a confrontos, enquanto outros momentos vividos pelo Master Chief são carregados por simulações que nossos ouvidos captariam como se fossem em savanas africanas. A beleza está no modo como os compositores transpõem a arte visual do jogo para a música.
As cenas de fuga são fáceis de “ouvir" e até de identificar, principalmente para pessoas que sequer sabem como essas partes da trama acontecem nos consoles. São marcações musicais precisas, como em Halo 3 (clique aqui para ouvir no Youtube). Também é possível acessar tudo pela plataforma Spotify buscando por Halo.
Eu poderia esticar este texto por diversos parágrafos para falar das maravilhas que descobri ao ouvir, durante viagem de carro que durou cerca de cinco horas, as melhores trilhas musicais deste jogo. Também conseguiria citar preciosidades, entre toques e cânticos medievais, as participações de bandas de rock pauleira, compostas por cabeludos reais e compositores que emprestaram seu brilhantismo nos palcos roqueiros para uma trama de videogames.
Um detalhe: são diversas as partes dessa franquia de jogos. Fiz referência apenas a duas delas, às quais dediquei meu ouvido e tempo para conhecer as trilhas musicais enquanto dirigia o carro numa das idas e vindas do interior para a capital paulista.
Bom lembrar que se trata de uma indústria bilionária no universo do entretenimento e dos negócios dos jogos. Não existem principiantes rondando esse tipo de atividade, sabemos, mas poderia ser algo sem cuidado - o que qualquer ouvinte atento descarta na hora em que ouve.
Sugiro, portanto, que você guarde um tempinho e ouça esse tipo de som. Desperte sua curiosidade musical para outros mundos. E o mundo de Halo é uma boa entrada em mais uma trama genial para curtir muito. E não estou falando de jogar. Comece ouvindo. Talvez, quem sabe, resolva jogar. Aí já seria outra história.
Essa parte do jogo eu deixo para você curtir com os textos do Gustavo, que usa o pseudônimo GusPrime no mundo dos jogos. É isso!