Prometo, a partir deste vídeo, gravar papos sobre releituras e comentários com base em livros que li anos atrás e que reli recentemente. Na primeira incursão nessa nova modalidade, escolhi As Viagens de Gulliver, obra marcante do escritor Jonathan Swift, publicada em 1726. Usei para esses comentários uma edição da editora Nova Fronteira, super bem acabada, publicada no Brasil em 2018.
Um pouco sobre o autor e seu livro
Jonathan Swift foi um consagrado escritor anglo-irlandês (1667-1745), autor de inúmeras obras, que incluíram sátiras, romances, ensaios, pesquisas e poesias. O livro mais famoso dele, claro, terminou sendo As Viagens de Gulliver. Uma curiosidade sobre o autor que talvez alguns não saibam: ele não gostava de escrever para crianças. A bem da verdade, sequer gostava de crianças. E tinha urticária quando tentavam associar este seu livro - um clássico do ramo de viagens - ao mundo infanto-juvenil.
O autor, ranzinza e dado a se meter em grossas confusões políticas e religiosas, nunca achou que As Viagens de Gulliver fosse sua melhor obra. Para se ter uma ideia de como ele classificava este livro, contra todos que achavam que serviria como lição e formação de novas consciências, certa vez ele escreveu: “O meu objetivo, com este livro, é aborrecer o mundo, e não entretê-lo”.
De fato, conseguiu não só “aborrecer” os donos do poder na Inglaterra da sua época, mas provocar sua ira. O livro e suas críticas mordazes lhe renderam prisão e muitos atritos com os governantes e religiosos - mesmo ele sendo um religioso.
A releitura como exercício
Como falei no início, os comentários que fiz neste vídeo fazem parte de um exercício que gosto bastante: reler uma obra anos depois. A intenção é ver se mantenho minha visão ou quais mudanças ocorreram entre a primeira leitura e a atual. Ajuda bastante, além de divertir e ampliar nossa capacidade de interpretação.
Até a próxima Leitura e Releitura!
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