No espaço de um pouco mais de um mês, entre abril e maio deste ano, o mundo perdeu três personalidades latino-americanas que marcaram a história recente por suas convicções, sua atuação política e seu firme compromisso com os direitos humanos, a condição de vida da maioria da população e com a causa ambiental. Deixaram suas marcas o argentino Julio Bergoglio - o Papa Francisco, o uruguaio Pepe Mujica e o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.
Um argentino, um uruguaio e um brasileiro que atuaram em diferentes campos e atividades, mas com propósitos semelhantes: tornar o mundo menos agressivo, mais justo e menos conturbado. As trajetórias de Francisco, de Mujica e de Salgado meio que se entrelaçaram como visão de mundo.
Comento passagens da vida de cada um deles e friso como as perdas humanas vão, com o tempo, sendo superadas pelas suas contribuições ao mundo em um período de desajustes, de ampla financeirização e de abandono de valores civilizatórios e humanistas por núcleos de poder, seja na igreja, na politica ou nas artes.
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